sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

NO MELHOR DIA DA MINHA VIDA, NASCE UMA VIDA! (RELATO DO PARTO)


FOTO: 07 DE DEZEMBRO DE 2010. Lembro nitidamente desde momento em que o mais novo papai do pedaço veio até mim para batermos essa foto. Eu estava MUUUUUIIITTTOOOOOOOO FELIZ (E só de lembrar deste momento, as lágrimas começam a escorrer no meu rosto.) A primeira coisa que ele me disse quando me viu, depois de Isabela ter nascido, foi: Tá vendo amor. Você conseguiu o que queria. Você é forte! E além de estar MMMUUUUUUUUIIITOOOOO FELIZ, estava SUPER orgulhosa por ter conseguido o meu tão desejado parto normal (Por beem pouco, não foi natural.). Enfim, copiei meu relato e aí está ele para quem tiver paciência de ler.




Belém 06 de Dezembro de 2010 - segunda-feira
Desde ontem (domingo) comecei a sentir algumas contrações um tanto “chatas”. Tão chatas que chegavam a me acordar umas e outras vezes no meio da noite. Nessa minha última semana de GRÁVIDA, tinha resolvido ficar literalmente de pernas pro ar somente pra esperar a boa vontade de Isabela querer vir ao mundo. Mas como eu não via a hora, vira e volta lá estava eu fazendo vários exercícios, como ficar com as pernas pra cima ou agachamentos leves (Como se estivesse exercitando o períneo). Porém, naquela segunda resolvi que queria ir ao cinema assistir Tropa de Elite II (Minha intuição dizia que era minha última chance). E então lá fomos nós de moto assistir o filme, sendo última sessão (21:00). O filme terminou por volta de 00:00 e depois ainda fomos no líder da Doca pra comprar algumas guloseimas e Viktor (Meu esposo) aproveitou pra comprar alguns “RedBull”.
Voltando um pouco a história, desde a hora que estávamos indo de moto, eu já sentia as contrações mais fortes, chegava ao ponto de ficar apertando ele no ombro (Era uma forma de me distrair, em relação, a dor). Sendo que essas contrações estavam vindo de 15/20 minutos. E assim foi indo até o fim do filme, ainda sentindo as contrações e cada vez mais intensas. Toda vez que sentia as contrações apertava com BASTANTE força a mão de Viktor e chegava a fechar os olhos, pra ver se assim me concentrava e esquecia a dor! Com o passar do tempo meu corpo ia até se acostumando com cada contração e até parecia capturar força e mais força (Sei lá de onde).
Desde o dia em que decidi que queria ter minha filha NATURALMENTE, pus em minha cabeça que tinha que trabalhar o psicológico, para poder suportar a dor até onde fosse possível, ou seja, até ter Isabela em meus braços, ou melhor, em meus seios (Mamando, é claro!)
E lá estavam as contrações ainda de 15/20 minutos. Deu tempo de dar uma volta pelo Shopping, assistir o filme, ir ao supermercado e chegar em casa! Porém, ao chegar em casa TUDO mudou! Já estava até me recolhendo para dormir, mais ou menos 01 da madrugada e então o tempo das contrações resolveu diminuir (praticamente) bruscamente para mais ou menos 5 minutos, e todas as vezes que ela vinha (Não sei por que) eu corria para o banheiro, talvez preocupada em sujar a casa. Mas depois de uns 15 minutos essa suposta preocupação passou longe, as contrações começavam a ficar INSUPORTÁVEIS.
DETALHE BÁSICO – No intervalo das contrações ainda parava pra arrumar a mala da maternidade (Pois é, a mala ainda não estava toda arrumada!). E lá estava eu passando as fraldas da Isabela, quando vinha a contração e então corria para o banheiro! Até que teve uma hora que algo escorreu pelas minhas pernas e então conclui: A bolsa estourou! Viktor perguntou: - Mas como sabes? E a verdade é que quando estamos vivendo aquele momento, teu corpo te diz tudo! E quando você tem conhecimento fica bem mais fácil de interpretar o que teu corpo quer te dizer!
Como as contrações já estavam “BEM” fortes e durando cerca de 1 minuto cada, começava a ficar confusa e com aquela impressão que estavam tirando minhas forças. Mas toda vez que Viktor vinha e dizia: Que bom amor que já ta chegando a hora! Agora vamos conhecer a Isabela! Você vai conseguir! Fique feliz por isso! Até conseguia soltar uns sorrisos só de imaginar que finalmente ia conhecer aquele „mocinha‟ que tanto sonhei em ter. A minha vontade e curiosidade era TANTA de conhecer minha filha, que eu não via a hora de chegar no expulsivo.
OUTRO DETALHE BÁSICO: Já eram quase 03:30 da madrugada e ainda estávamos por casa. Afinal por motivos meus pessoais e um tanto familiares, resolvi que teria pelo SUS (Sendo que existiu também o problema de planejamento financeiro.). E foi as 03:30 que pedi para Viktor chamar um táxi , pois estava com uma sensação como se fosse desmaiar. Resolvemos (Em cima da hora) que íamos para Santa Casa, fato que SIM e NÃO me arrependo. Ao chegar lá “ODIEI TUDO” atendente, enfermeira e médica (PRINCIPALMENTE! Acho que nunca aprendeu o que significa um BOA NOITE!) Enfim, pelo menos o motorista da ambulância se salvou. Até conseguiu arrancar um sorriso de mim, fazendo brincadeira aquela hora (Mas, nem me pergunte qual. Rsrs!). O lado BOM de eu ter ido parar na Santa Casa, foi que de lá me encaminharam para o Hospital Ordem Terceira, que mesmo eu sendo atendida pelo SUS o atendimento foi nota 1.000. Amei as faxineiras, enfermeiras e principalmente a Dra. MariFrança (Que Me ajudou a Dar a Luz a Isabela). Infelizmente ela (Mesmo conhecendo a LEI DO ACOMPANHANTE) não conseguiu fazer com que Viktor assistisse ao parto. Eles chegaram a conversar, porém como tinham mais 2 mulheres comigo na sala de parto e completamente despidas, ficou um tanto inviável. Mas quando eu cheguei na Santa Casa e até o momento de chegar no Hospital Ordem terceira, já estava com 8cm de dilatação, sendo que devo ter chegado na Santa Casa 03:45 e depois na Ordem Terceira 04:45, ou seja, quando cheguei no outro Hospital ainda estava com 8cm! E em quanto eu ficava lá na sala de parto, aproveitava nos intervalos “minúsculos” das contrações pra ficar de cócoras, pra ver se assim acelerava meu trabalho de parto e quando dava (Só deu uma vez), consegui andar um pouco! E lá fiquei fazendo altas “manobras” e agachamentos pra chegar logo a hora, afinal não tinha mais como me distrair da dor. Até que chegou o momento em que bateu aquela vontade de fazer cocô, ou seja, “chegou a hora”! Lembro de já ter lido sobre essa vontade em vários relatos. E quando bateu essa vontade comecei a fazer força e gritar (E muito! Era uma forma de extravasar!). Foi então que a enfermeira foi lá comigo e disse já estar vendo a cabecinha e pediu para me levantar da cama para irmos para os “finalmente”. Ela foi praticamente me carregando, pois eu estava quase ESGOTADA. Quando entrei na sala fui logo perguntando pra médica se não era melhor ela fazer episio pra doer menos na hora de sair (Pois, é me arrependo amargamente!) Ela até olhou assim pra minha cara, tipo: Queres mesmo? E então ela acabou cortando em um tempo de uns 3 minutos no máximo. E lá fomos nós para o trabalho expulsivo naquela “cama”, porém me recusei a ficar deitada. Consegui achar uma posição confortável e assim ela me deixou a vontade. E lembro como se fosse hoje o momento, a forma como dei um único grito, como se fosse (E era) um grito de felicidade pra comemorar a vinda de Isabela ao mundo. E nesse grito eu senti a cabecinha dela sair. E somente de lembrar desde momento. Apesar de dizer que sou traumatizada com a dor das contrações. Digo e afirmo que mesmo da forma que foi, e não do jeito que sonhei, viveria aquele momento quantas vezes fosse preciso. Pois foi naquele instante em que dei aquele único grito de alegria com uma mistura de dor, que realizei o meu MAIOR SONHO de ser MÃE! Mas ainda foi preciso mais uma força pra sair o restante de seu corpo. Enfim, foram 2 forças apenas. O Trabalho expulsivo durou no máximo uns 3/4 minutos! E 5:30 da manhã (Em ponto!) do dia 07 de dezembro de 2010 conheci Isabela Bordó da Graça! Dra Marifrança ao pegar minha filha logo colocou em meus braços, porém não pra amamentar (ainda!), mas lá ela ficou em meu colo por uns 2/3 minutos. Depois saiu a placenta “deliciosamente” (Rsrsrs!) e teve que dar um “ponto” básico lá em baixo, ou melhor, uns. E depois disso me botaram na cadeira de rodas pra poder me levarem para enfermaria. E logo ao sair da ALA onde estava dou de cara com Viktor (Que deixa de ser citado como meu esposo, mas agora como o PAI DE ISABELA!) que bateu foto de tudo, como: placas, porta, berçário, malas e também filmou meu “gritos” e me filmou com aquela cara de “sei lá”, pois ao mesmo tempo que eu estava acabava, eu estava orgulhosa de mim mesma, dava Graças a Deus que no fim tinha dado tudo certo, mesmo com as “incertezas” que tínhamos até escolher até para onde tínhamos que ir. E finalmente depois de uns 15 minutos ficamos a sós com nossa princesa, e a primeira coisa que fiz foi logo colocar os seis para a fora para alimentar minha filha (Até tenho a filmagem desse momento). E em menos de 24hr fui liberada para voltar para casa e assim curtir para o resto de minha vida a minha preciosa Belinha!
Enfim, após 5 meses finalmente consegui relatar o momento mais delicioso da minha vida. E não tem nada mais maravilhoso do que você permitir que seu corpo aja da forma que ele deve agir naturalmente como assim Deus lhe fez, quis e quer que seja. É uma dor momentânea, que a partir do momento que você vê aquele rostinho passa “TUDO” e tudo vira motivo de alegria. Lembro que quando era um pouco mais nova, dizia que NUNCA teria um parto normal, pois achava um absurdo. Mas, um ABSURDO mesmo é você tentar fazer com que tudo aconteça antes do seu tempo. Aprendi então a respeitar desde “pixixita” a vontade minha filha, deixei então ela escolher o momento em que ela queria sair de mim pra vir conhecer esse mundão. De uma coisa é certa, a natureza é muito sábia. E é isso!
Quero somente agradecer ao Grupo Isthar, pois foi nele que colhi informações privilegiadas e conheci pessoas maravilhosas! E agradeço também ao Viktor que é um esposo maravilhoso e um PAI mais maravilhoso ainda. E por final agradeço ao Meu Papai do Céu (Ou melhor, de todos nós!) por ter me dado força e luz em todos os momentos da minha vida, pois sem ele nada seria capaz!
By Jacqueline Bordó – Mãe de Isabela Bordó da Graça. Que nasceu de um parto normal (Tendo como intervenção Episiotomia) em 07 de Dezembro de 2010 às 5:30.

Relato escrito em 06 de Maio – Terminado às 20:43




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Um comentário:

  1. Coisa mais linda o teu relato!
    Meu maior sonho também é ser MÃE! Só não sei se vou conseguir ter a coragem que tivestes... Deus queira que sim!
    Parabéns pela coragem, parabéns pela família, parabéns por toda essa FORÇA DE VONTADE maravilhosa!

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